Mãe luta para doar órgão para o filho
- sgoncaloemfoco
- há 6 dias
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A luta de uma mãe para salvar a vida do filho expõe os desafios enfrentados por pacientes renais crônicos no Brasil. Morador do bairro Jardim Catarina, Waber David da Costa Machado, de 31 anos, sofre com problemas renais e depende de hemodiálise há cinco anos. Apesar de sua mãe ser compatível para a doação de um rim e demonstrar total disposição para o transplante, o procedimento segue sem previsão para acontecer.
A família enfrenta uma espera angustiante, mesmo após a liberação do risco cirúrgico, concedida em junho de 2024. Segundo informações do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), onde o procedimento seria realizado, novas manifestações clínicas exigiram investigações mais profundas, o que suspendeu temporariamente os preparativos para o transplante.
O drama vivido por Waber é compartilhado por milhares de brasileiros. Em 2024, mais de 42 mil pessoas aguardavam um transplante de rim. Embora o Brasil figure como o segundo país no mundo em número de transplantes — atrás apenas dos Estados Unidos — o sistema de saúde ainda enfrenta entraves estruturais, falta de investimentos e, sobretudo, uma burocracia que muitas vezes custa caro demais: vidas humanas.
Mesmo quando há um doador vivo, compatível e plenamente disposto, como no caso da mãe de Waber, a extensa lista de exigências e reavaliações pode atrasar indefinidamente um procedimento vital. Segundo especialistas, os protocolos médicos são essenciais para garantir a segurança do paciente, mas o excesso de trâmites, a demora nas análises e a ausência de celeridade em casos urgentes evidenciam uma falha grave no sistema.
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