Prof Josemar consegue convocação de Washington Reis para explicações na Alerj

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou a convocação do secretário estadual de Transportes, Washington Reis (MDB), e do presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), Leonardo Matias. A iniciativa foi proposta pelo deputado estadual Professor Josemar (PSOL) e recebeu o apoio de 59 parlamentares, com apenas um voto contrário.

A convocação tem como objetivo obter esclarecimentos sobre o recente aumento da tarifa do MetrôRio, que passou de R$ 7,50 para R$ 7,90, e sobre a política de mobilidade urbana do governo estadual.

A sessão em que o requerimento foi votado foi marcada por forte tensão. O deputado Roseverg Reis (MDB), irmão do secretário convocado, tentou impedir a votação e acusou a presidência da Alerj de politizar o tema. Em resposta, Professor Josemar rebateu de forma firme: “Não tenho medo de jagunço nem de descendente de Tenório Cavalcanti”, fazendo referência direta ao histórico político da família Reis em Duque de Caxias.

Professor Josemar também defendeu seu pedido e destacou o desrespeito do governo estadual com a administração do transporte público.

“É uma vergonha o que acontece no Rio de Janeiro, com a população que paga a passagem de metrô mais cara do país. Desrespeitando a orientação do Tribunal de Contas do Estado, os cariocas pagam R$ 7,90 pela passagem, quando o valor correto seria de R$ 5,80. O secretário de transportes Washington Reis desrespeita a população e junto com Cláudio Castro, o governador, brinca com a questão com fins eleitoreiros. Anuncia a redução do valor e nada se concretiza. Nós seguimos cobrando a redução dessa passagem com respaldo de mais de 40 mil assinaturas que coletamos dos usuários que não suportam mais ser roubados.”

Com a aprovação do requerimento, Washington Reis e Leonardo Matias deverão comparecer à Alerj nas próximas semanas para prestar os devidos esclarecimentos. Caso não atendam à convocação, a Casa poderá adotar medidas previstas no regimento interno, como sanções e até condução coercitiva.

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