DH conclui que PM que matou jovem em festa junina no Santo Amaro agiu em legítima defesa

O Departamento de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro concluiu que o policial militar envolvido na morte de um jovem durante uma festa junina no bairro Santo Amaro agiu em legítima defesa. Segundo o DH, as investigações apontaram que o agente teria sido atacado e revidado a uma ameaça iminente.

De acordo com o relatório do DH, testemunhas e perícias foram fundamentais para embasar a conclusão. Não há, até o momento, indícios de que o policial tenha excedido os limites da ação defensiva autorizada pela lei. A corporação envolvida já foi notificada e os procedimentos disciplinares internos deverão seguir conforme os trâmites previstos.

A tragédia ocorreu em meio ao evento popular, causando forte comoção na comunidade. O jovem morto era presença conhecida na região e participava da festividade quando foi atingido pelos disparos. A polícia local foi acionada rapidamente, o local foi isolado, e diligências foram realizadas à noite para coleta de provas e da cena do crime.

A decisão, no entanto, levanta questionamentos sobre a recorrente tendência da Justiça e dos órgãos de investigação em absolver agentes de segurança em casos de mortes de jovens em favelas e periferias. Para críticos, esse tipo de conclusão reforça a sensação de impunidade e perpetua um modelo de segurança pública que naturaliza a letalidade policial, deixando comunidades cada vez mais descrentes de que terão, de fato, acesso à justiça.

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