Câmara de Vereadores entra em recesso e retorna só em Agosto

A Câmara Municipal de São Gonçalo iniciou seu recesso parlamentar de meio de ano, mas a pausa nas atividades legislativas não passou despercebida — e tampouco sem críticas. Nas ruas e nas redes sociais, moradores expressam crescente insatisfação com a atuação dos vereadores, apontando a falta de produtividade, a distância da população e a submissão da maioria ao prefeito como marcas do primeiro semestre de 2025.

Com as sessões ordinárias suspensas até o início de agosto, a sensação geral é de que os vereadores "descansam sem ter mostrado trabalho". "É um absurdo. A cidade cheia de problemas, e a Câmara para por um mês como se estivesse tudo resolvido. Eles estão em recesso desde janeiro, porque não fizeram nada até agora", criticou uma professora que preferiu não se identificar.

Outro ponto que tem alimentado a indignação popular é a postura da maioria dos parlamentares em relação ao Executivo municipal. A Câmara é frequentemente acusada de funcionar como uma "extensão do gabinete do prefeito", com vereadores que evitam confrontos, não fiscalizam ações da prefeitura e votam de forma alinhada e acrítica a projetos do governo municipal.

Enquanto a cidade clama por ações concretas, a Câmara entra em recesso como símbolo de um Legislativo desconectado das demandas reais da população. A expectativa é de que, com o retorno em agosto, os vereadores revejam suas posturas e priorizem o que realmente importa: fiscalizar, legislar com independência e dar respostas à altura da segunda maior cidade do estado.

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